Dia Internacional da Rapariga – 11 de outubro

Celebra-se, a 11 de outubro, o Dia Internacional da Rapariga, que tem como objetivo sensibilizar para as questões de igualdade e violência de género, bem como apelar à reflexão sobre os preconceitos e os estereótipos que colocam entraves na vida escolar e pessoal das raparigas.

Procura, também, realçar o papel ativo que as raparigas podem ter enquanto agentes de mudança social. A data foi instituída a 11 de outubro de 2011, pela Assembleia Geral da ONU através da Resolução 66/170 .

No âmbito dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), mais concretamente o objetivo 5: Igualdade de Género, reforça várias questões relacionadas com as raparigas, nomeadamente:

• Acabar com todas as formas de discriminação contra todas as mulheres e meninas, em toda a parte;
• Eliminar todas as formas de violência contra todas as mulheres e meninas nas esferas públicas e privadas, incluindo o tráfico e exploração sexual e de outros tipos;
• Eliminar todas as práticas nocivas, como os casamentos prematuros, forçados e envolvendo crianças, bem como as mutilações genitais femininas;
• Adotar e fortalecer políticas sólidas e legislação aplicável para a promoção da igualdade de género e o empoderamento de todas as mulheres e meninas em todos os níveis.

Todos os dias, as raparigas desafiam estereótipos e quebram barreiras, estando a organizar e a liderar movimentos para lidar com questões como o casamento infantil, a desigualdade educacional, a violência e a crise climática.

No entanto, muitas ainda são impedidas por normas de género prejudiciais que influenciam e limitam as suas vidas: nomeadamente, quando e com quem se casam, se frequentam e completam a escola, se têm acesso a serviços de saúde ou se podem trabalhar, entre muitas outras.

Em 2024, cerca de 4.4 milhões de raparigas em todo o mundo – mais de 12 mil por dia – encontravam-se em risco de serem submetidas à mutilação genital feminina. Caso os esforços para eliminar esta prática não se intensifiquem, este número pode aumentar para 4.6 milhões em 2030 (dados do UNFPA e da UNICEF).

Em 2022, 61% das vítimas de tráfico humano eram mulheres e meninas (“Relatório Global sobre Tráfico de Pessoas 2024”, Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime -UNODC).

Para garantir que todas as raparigas possam alcançar o seu potencial, são necessários esforços e investimentos concertados, investir em saúde, educação e segurança e fornecer-lhes competências para o século XXI. Investir na educação das raparigas é promover o seu empoderamento e evitar o seu ciclo de pobreza.

Neste dia internacional, comemoramos as conquistas alcançadas pelas raparigas, com elas e para elas. Precisamos de defender e respeitar a igualdade de direitos das raparigas, assim como a sua voz e influência. Elas podem ser poderosos agentes de mudança e nada deve impedi-las de participarem plenamente em todos os aspetos da vida.