28 de Maio | Dia Internacional da Saúde da Mulher
De acordo com iniciativas nacionais, e internacionais, a CIG assinala hoje o dia em que se destacam algumas especificidades da saúde das mulheres que merecem especial atenção.
Como a CIG assinalou em 2024, neste dia “é crucial reconhecer as especificidades da saúde das mulheres, particularmente aquelas inerentes ao ciclo reprodutivo e ao impacto no sistema hormonal, assim como as que resultam do facto de se ser mulher, como as infeções urinárias e o prolapso de órgãos pélvicos, mas também a menopausa que influenciam todos os outros sistemas corporais.”
É neste sentido que cada vez mais há a preocupação em se estudar as características especificas que cada um dos sexos comporta. Acompanhando esta reflexão, e tornando-a pública, uma Estação de TV nacional trouxe a questão: a Depressão pós Parto. Esta é uma das muitas consequências especificas da maternidade, que atinge entre 10 e 15% das mães (F: SNS24) e que se mantém desvalorizada com, frequentemente, graves consequência a nível da sua saúde mental.
Um estudo da OCDE, recentemente publicado, com o título Understanding and addressing inequalities in mental health, (utilizando informação recolhida em 37 países da OCDE), evidencia não só a existência de diferentes abordagens entre os Estados-membros, mas também alerta para a heterogeneidade das populações em matéria da sua saúde mental que difere entre homens e mulheres e mesmo por orientação sexual; etnia, estatuto migratório, estatuto socioeconómico, entre outros.
Neste âmbito, Portugal tem criado mecanismos de forma a contrariar processos que possam ter consequências a nível da saúde mental das envolvidas. Damos como exemplo a redação da atual Lei n.º 33/2025, de 31 de março que “visa promover os direitos na preconceção, na procriação medicamente assistida, na gravidez, no parto, no nascimento e no puerpério “. Pela primeira vez o conceito de violência obstétrica fica inscrito na legislação portuguesa e, ainda, são penalizados os hospitais e os/as obstetras que façam corte dos tecidos vaginais durante o parto (episiotomias) não justificadas.
Ainda no sentido de acautelar a saúde das meninas/raparigas foram disponibilizados, desde abril passado e em todo o território nacional, produtos menstruais gratuitos a levantar nas Unidades Locais de Saúde ou nas escolas. A iniciativa pretendeu criar “oportunidades de promoção da saúde, nomeadamente, sobre saúde sexual e reprodutiva”