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Portugal obtém 63,4 pontos em 100 no Índice de Igualdade de Género
Portugal reforça progresso na Igualdade de Género, com 63,4 pontos no Índice publicado pelo Instituto Europeu para a Igualdade de Género.
Portugal obteve 63,4 pontos em 100, consolidando uma trajetória de melhoria. O país destaca-se como um exemplo de convergência ascendente, aproximando-se dos países com melhor desempenho e registando uma evolução positiva desde 2015, com um aumento de 9,1 pontos.
Situação de Portugal em 2025
Portugal ocupa o 10.º lugar na UE, com 63,4 pontos. O valor do Índice aumentou 9,1 pontos desde 2015, refletindo melhorias significativas, sobretudo no domínio do poder. O país apresenta a sua melhor posição no domínio do trabalho (6.º lugar, 74,9 pontos), enquanto a maior margem de melhoria se verifica na saúde (23.º lugar, 80,6 pontos). O maior progresso foi registado no poder (+11,2 pontos desde 2020), enquanto conhecimento e dinheiro registaram retrocessos.
Estereótipos de género
Persistem normas de género que influenciam escolhas e oportunidades, como a crença de que os homens ganham mais por terem empregos mais exigentes, ou que as mulheres são naturalmente mais competentes para gerir o agregado familiar.
Pontos fortes
Portugal registou um progresso significativo no domínio do Poder, impulsionado por políticas de quotas e pelo reforço da presença feminina na tomada de decisão, enquanto na Saúde, os valores se mantêm elevados e estáveis, sendo este um domínio forte.
No domínio do Trabalho, verificam-se melhorias no emprego feminino, embora persistam desigualdades na progressão, segregação ocupacional e qualidade do trabalho. Já quanto à área do Conhecimento, apesar da elevada participação feminina no ensino superior, persiste a segregação educativa nas áreas STEM.
No domínio do Tempo, a desigualdade no trabalho não pago mantém-se marcada, com as mulheres a suportarem a maior carga de cuidados e em relação ao domínio do Dinheiro, verifica-se uma queda de 1 ponto desde 2020, refletindo desigualdades salariais, de rendimento e pensões.
Principais desafios
O documento aponta como principais desafios, a redução da desigualdade económica e o reforço da autonomia financeira das mulheres, o alargamento da corresponsabilização no trabalho doméstico e de cuidado, o combate à segregação educativa e profissional, especialmente nas áreas STEM e TIC, a consolidação dos progressos no domínio do poder, reforçando políticas de quotas e metas e o reforço de políticas de combate às desigualdades estruturais que atravessam trabalho, rendimentos, cuidados e saúde.
Indicadores-chave
Taxa de emprego equivalente a tempo completo: 52% para mulheres, 61% para homens.
Proporção de mulheres entre especialistas em TIC: 23%.
Mulheres representam 38% dos cargos de direção.
Percentagem de mulheres com baixos salários: 16% (homens: 10%).
Mulheres em casais ganham, em média, 80% do rendimento do parceiro.
Risco de pobreza laboral: 15% para mulheres, 16% para homens.
Metade das mulheres possui diploma de ensino superior (homens: 34%).
Mulheres dedicam mais tempo aos cuidados infantis e tarefas domésticas.
Igualdade de género em atividades voluntárias: 10% para ambos os sexos.
Mulheres representam 38% de cargos ministeriais e 35% de lugares na Assembleia da República.
Representação feminina nas organizações desportivas: 19%.
Perceção de saúde: 50% das mulheres avaliam a sua saúde como “boa” ou “muito boa” (homens: 58%).
Violência contra as mulheres: 20% sofreram violência física e/ou sexual desde os 15 anos.
Sobre o Índice de Igualdade de Género
O Índice de Igualdade de Género é uma ferramenta de avaliação desenvolvida pelo Instituto Europeu para a Igualdade de Género, que mede as desigualdades de género entre mulheres e homens em seis domínios centrais: trabalho, dinheiro, conhecimento, tempo, poder e saúde.
As pontuações variam entre 0 (desigualdade total) e 100 (igualdade plena). O Índice inclui ainda domínios adicionais, como desigualdades interseccionais e violência contra as mulheres, permitindo uma análise abrangente e comparativa entre Estados-Membros da UE.
Em 2025, o Índice foi revisto para reforçar o alinhamento com as prioridades da UE, integrar novos dados e atualizar a metodologia. Toda a série temporal foi reconstruída, garantindo a comparabilidade dos resultados ao longo dos anos.
Pode consultar o Índice de Igualdade de Género 2025, do Instituto Europeu para a Igualdade de Género, aqui.

















