3.º módulo do III Curso de Formação em Igualdade de Género
Numa ação conjunta do Centro Jurídico da Presidência do Conselho de Ministros (CEJUR) e da Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género (CIG) decorreu, no dia 7 de abril de 2017, o 3.º módulo do III Curso de Formação em Igualdade de Género.
Módulo com o tema “Os Usos do tempo e as Políticas Públicas para a Igualdade” teve como oradora internacional Maria Ángeles Durán que falou sobre “Os usos do tempo e as Políticas Públicas para a Igualdade” e como orador nacional Manuel Abrantes que falou sobre o “Inquérito Nacional aos Usos do Tempo de Homens e Mulheres – Principais Conclusões e Recomendações”.
María Ángeles Durán reconhecida investigadora espanhola, na área dos usos do tempo, de prestígio internacional, tem desenvolvido importante trabalho quer na Academia, quer nas instâncias internacionais (ONU; UNESCO; OIT; Organização Mundial da Saúde, etc.). De forma cativante, Ángeles Durán prendeu imediatamente a assistência ao falar de inúmeras atividades nas quais todas e todas se reviram e que são comuns em todas as partes do mundo. Atividades, essas, que preenchem os quotidianos, repletos de decisões que parecem pertencer apenas ao foro do privado, mas que, afinal, têm diferentes reflexos, a curto e a longo prazo, na vida de homens e de mulheres. Questões difíceis de gerir envolvem, entre outros, os afetos e o tempo, mas que resulta, com frequência, em trabalho não pago. Este trabalho não pago (como cuidar das pessoas idosas, doentes, dos/as filhos/as, das obrigações domésticas) é, maioritariamente, assegurado pelas mulheres que vêm a sua qualidade de vida, e os seus rendimentos financeiros, bastante penalizados face aos dos homens.
Manuel Abrantes, entre outras funções, é: professor convidado na Universidade Aberta, investigador no Centro de Investigação em Sociologia Económica e das Organizações (SOCIUS) e no Centro de Estudos para a Intervenção Social (CESIS). Abrantes apresentou, resumidamente, os resultados do Projeto “Os usos do tempo de homens e de mulheres em Portugal” (CESIS/CITE, EEA Grants, CIG), confirmando para Portugal, as palavras da anterior oradora, em que se mantêm significativas assimetrias de género (com maior sobrecarga sobre as mulheres) relativamente a trabalho não pago.
Veja a gravação em: https://www.facebook.com/comissaoparaacidadaniaeigualdadedegenero/?fref=ts